Autora: Tahereh Mafi
Editora: Novo Conceito
Páginas: 304
Sinopse: Juliette não toca alguém a exatamente 264 dias. A última vez que ela o fez, que foi por acidente, foi presa por assassinato. Ninguém sabe por que o toque de Juliette é fatal. Enquanto ela não fere ninguém, ninguém realmente se importa. O mundo está ocupado demais se desmoronando para se importar com uma menina de 17 anos de idade. Doenças estão acabando com a população, a comida é difícil de encontrar, os pássaros não voam mais, e as nuvens são da cor errada. O Restabelecimento disse que seu caminho era a única maneira de consertar as coisas, então eles jogaram Juliette em uma célula. Agora muitas pessoas estão mortas, os sobreviventes estão sussurrando guerra – e o Restabelecimento mudou sua mente. Talvez Juliette é mais do que uma alma torturada de pelúcia em um corpo venenoso. Talvez ela seja exatamente o que precisamos agora. Juliette tem que fazer uma escolha: ser uma arma. Ou ser um guerreiro.
Minha resenha:
Honestamente, eu não gostei do livro.
A história até seria boa se ela seguisse o que propôs ali na sinopse. Uma distopia, malucos corruptos no governo, aventura alucinada, etc. Afinal, foi isso que a sinopse pareceu prometer. Mas a verdade é que o livro é um romance sobrenatural disfarçado de distopia.
Juliette está aprisionada à 264 dias em um sanatório, sem ver, falar e principalmente "tocar" ninguém, pois seu toque é letal. E de repente, BUM!, um príncipe encantado é jogado na cela dela. A narração é feita em primeira pessoa, pela própria Juliette, que ao conhecer seu "príncipe encantado" se derrete como manteiga, coisa que se repete durante o livro inteiro, por varias vezes ela fica se derretendo que nem manteiga, cheguei a pensar que escorreria manteiga derretida pelas paginas do livro. Mas enfim, ela conhece a pessoa com quem vai dividir sua cela, Adam, e ela nota que ele é muito parecido com um garoto que ela tinha conhecido a muito tempo atras, antes dela ser presa, o que de fato, é ele mesmo.
Durante vários capítulos só mostra os dois na cela, e a maior parte do tempo eles ficavam calados, sem saber como interagir um com o outro, e quando Juliette finalmente começa a se abrir um pouco para Adam, ele traí ela.
Wagner é um soldado maluco, PSICÓTICO, com uma sede de poder intensa e doentia. Sempre que ele aparecia podíamos ver a insanidade e a obsessão doentia que ele tinha por poder (isso pode soar estranho, mas ele foi o personagem mais interessante que encontrei no livro). E após ela ficar sob a guarda de Wagner, vemos que Adam traiu e não traiu ela ao mesmo tempo. Ele estava fingindo ser obediente a Wagner, e estava profundamente apaixonado por ela, coisa impressionante, pois a maioria dos personagens que aparecem no livro se apaixonam por ela, exceto o irmãozinho de Adam, porque, né, ele é uma criança.
O que eles vivem (Adam e Juliette) é um tipo de amor épico, onde quando estão separados um só pensa no outro, um só deseja tocar o outro - embora Juliette fique numa contradição terrível, entre querer tocar e não poder tocar, querer ser tocada e não querer ser tocada -, e principalmente onde um deseja ardentemente a companhia do outro.
Juliette passa muito tempo na companhia de Wagner desde que ficou sob a guarda dele, e mesmo ela odiando cada segundo que passa perto dele, ela ainda não quer machuca-lo com seu toque.
Adam e Juliette decidem fugir do Restabelecimento, fugir de Wagner.
Eu li vários comentários positivos sobre esse livro pela internet, mas fiquei decepcionada com a leitura. O tema, em si, é muito bom: Uma garota que não pode tocar em ninguém sem ferir (e em alguns casos até matar), um Restabelecimento que controla o povo à base do medo, a guerra e as contradições de Juliette entre querer ser tocada e não poder, e um soldado psicótico que quer usar o poder dela para "dominar o mundo". Mas o jeito que as coisas foram contadas não me agradou. As milhares de palavras riscadas ao longo do livro foi algo interessante, eu admito, pois mostrava as contradições que ela sentia, entre querer uma coisa e não querer, sentir algo e não querer sentir, etc. Mas as palavras repetidas foram terríveis, ao longo do livro você encontra varias frases e palavras repetidas, se fossem apenas algumas vezes eu não iria reclamar, mas é o tempo todo, Só. Isso. O. Tempo. Todo. isso cansa, enjoa, irrita muito o leitor, sempre que começava a repetir eu já dava um suspiro pensando "de novo?".
Fiquei bem desapontada.
Nota: 4

Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não deixe de comentar o que achou! Dê sua opinião, sugestões e criticas, mas por favor não use palavrões.
Volte Sempre :D